As coisas as vezes são tão incoerentes que se assemelham a sonhos ou delírios. Por vezes, a sensação é de que pode ser pior se a opção for acordar e encarar o que é real. Não faz muito tempo essa sensação em mim se fortaleceu... No entanto uma fresta de luz, indicando a saída, insiste em permanecer diante dos meus olhos.
Voltei de um workshop de Psicodrama achando que nada havia mexido ou me provocado mudanças. Achando que a emoção havia sido embotada e que o encontro não tinha sido capaz de me trazer personagens não atuados... questão de tempo pra perceber que o o encontro foi mais...
O workshop se chamou “Não estamos sós”.... E ai lembrei agora intensamente de quem está comigo independente do que for...
Algumas pessoas estão com você dependente de algo... e essa é uma escolha a qual não abafo com julgamentos... Mas quero dizer aqui, que lembrei das que estão por perto independentemente.
Voltei de uma viagem que fiz com uns amigos há uma semana atrás. Viagem cheia de importantes constatações. Uma delas, e a que mais me coloca em lugar de privilégio, foi a confirmação da amizade. Eu tenho amigos porretas. E falo dos que foram comigo e dos que ficaram por aqui (e alguns do outro lado do mundo). Talvez viagens me chamem pra esse depoimento porque elas proporcionam a obrigatória excessiva convivência e, portanto, fortificam ou enfraquecem laços.
Meus amigos são aqueles, que da forma mais piegas possível, silenciam ao meu lado, se “fodem” comigo, estão comigo até o fim, ainda que estejam irritados, ainda que estejam doentes e doloridos. Não se faz necessário agradar, se agradar não estiver em pauta.
Não ser bacana e alto astral o tempo todo, tem seus problemas (eu já falei disso aqui nesse blog). Você arduamente e dolorosamente desvenda quem quer caminhar com você ou não quer. Mas só quando se pode ser o que se é, só quando se encarna a vida (como diz minha amiga de blog Livia), só assim é possível erguer a cabeça e seguir de forma mais ou menos torta.
Na experiência perceptiva de que os acontecimentos são mais do que aparentam ser, essa semana uma dor me pegou. Dna Augusta se foi . Eu nunca fui o tipo de neta que freqüentou a casa da vó. Por algum motivo (que lá no fundo eu sei) meu pai não me implantou esse hábito. Por algum motivo eu não o criei depois que ele se foi. Hoje já não tenho mais tempo de confirmar com ele porque me negou visitas tantas vezes a minha vó, mas sei que isso não tinha nada a ver com o grande amor que ele sentia por ela. E assim, apesar de vê-la com pouca freqüência o amor que reservei a ela era o suficiente pra saber que a tinha e me sentir orgulhosa do fato. E não achando que era tarde, eu me dei conta que Dna Augusta era mais, que minha dor por perde-la era mais, meu amor por ela era mais e minha ligação com a historia dessa família também.
Quem me ajudou a olhar pra isso foram meus amigos, que constatei nesses últimos tempos que são mais... Isso que se chama vida cotidiana é mais do que a dor que sinto no peito todas as vezes que não sou amada, querida ou satisfeita.
A vida é o abraço que recebi hoje no fim do dia no workshop como forma de agradecimento. É a constatação de que Dna Ausgusta está dentro de mim pra sempre. É saber que mesmo achando por diversas, enúmeras e inusitadas vezes que tudo se foi e que o mundo te nega o olhar doce e acolhedor, de que mesmo assim, há quem esteja disposto a compartilhar amor e principalmente dor e quem até o fim te renova a certeza do dia seguinte...Mas sim, a vida essa de cada dia, também é a dolorosa constatação de que o corte de cena pode acontecer a qualquer momento e de que se frustrar também é caminho.
A todos que puderam, podem e poderão estar no meu caminho e seguir a jornada, a todos que se despedem comigo dos cegos do castelo, meu mais sincero agradecimento. São todos bem vindos...
"It's not about rihgt or wrong, but finds someone who believes in the same bullshit you do"
Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
Mario Quintana
sábado, 15 de outubro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Frutas frescas
Eu me lembro dos cigarros acesos para mim
Do azedo dos tapas
Da sujeira dos becos
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
do orvalho que escorre
Lembro-me bem das noites em claro
da angústia de nunca saber
o seu nome de cor
Mas gosto mesmo é das frutas frescas
colhidas do pé para a boca que morde
Não me sai da cabeça
o amargo do não, o eterno
talvez, a loucura do se
a franqueza do sim
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
da doçura do sumo
Eu sei e não saio dos gritos
que ecoam
dos velhos tempos que voam
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas
que caem maduras
na lama do chão.
(BIA N)
Do azedo dos tapas
Da sujeira dos becos
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
do orvalho que escorre
Lembro-me bem das noites em claro
da angústia de nunca saber
o seu nome de cor
Mas gosto mesmo é das frutas frescas
colhidas do pé para a boca que morde
Não me sai da cabeça
o amargo do não, o eterno
talvez, a loucura do se
a franqueza do sim
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
da doçura do sumo
Eu sei e não saio dos gritos
que ecoam
dos velhos tempos que voam
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas
que caem maduras
na lama do chão.
(BIA N)
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
erros recorrentes
To numas de escrever o que já foi escrito, de repetir, ser lógica e óbvia.
To numas de ser repetitiva e entediante.
To que nem a chuva, bem previsivelsinha. Cai todo dia, para um tanto e cai novamente. E todo mundo sabe que vai cair novamente e todo mundo acha um saco, já falou que é chato e repete que é chato de forma chatinha.
To numas de silêncio
To numas de falar o que já falei
To numas de alternar mal humor e bom humor, como sempre...
To numa de escrever desse meu jeito pouco inovador de começar todas as frases iguais e termina-las diferentes (da uma cadência repetitiva, mas que chama uma atençãosinha)
To nessa de falar no diminutivo coisas que eu acho importante.
Continuo nao curtindo muito o que tenho escrito
Por isso, to numas de citar outros autores que já foram citados e que repetidamente são compartilhados por ai como se suas frase e textos fossem pérolas raras capazes de decifrar a alma humana;
To numas de pressentimento novamente, crente de que algo vai acontecer
To numas de querer que seja diferente, de novo.
"Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, doi demaais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar."
Caio Fernando Abreu
To numas de ser repetitiva e entediante.
To que nem a chuva, bem previsivelsinha. Cai todo dia, para um tanto e cai novamente. E todo mundo sabe que vai cair novamente e todo mundo acha um saco, já falou que é chato e repete que é chato de forma chatinha.
To numas de silêncio
To numas de falar o que já falei
To numas de alternar mal humor e bom humor, como sempre...
To numa de escrever desse meu jeito pouco inovador de começar todas as frases iguais e termina-las diferentes (da uma cadência repetitiva, mas que chama uma atençãosinha)
To nessa de falar no diminutivo coisas que eu acho importante.
Continuo nao curtindo muito o que tenho escrito
Por isso, to numas de citar outros autores que já foram citados e que repetidamente são compartilhados por ai como se suas frase e textos fossem pérolas raras capazes de decifrar a alma humana;
To numas de pressentimento novamente, crente de que algo vai acontecer
To numas de querer que seja diferente, de novo.
"Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, doi demaais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar."
Caio Fernando Abreu
domingo, 26 de junho de 2011
As coisas que me salvaram o fim de semana:
1. FAM na sexta feira, filme lentooo, porém (pra mim) bom
2. ter fome, circular de bar em bar sem ter onde sentar
3. achar o bar e descobrir que não servem lanches, sentir pontinhas de ódio
4. optar sentar em uma mini mesa no quebra-gelo com 50 mil amigos e pedir lanches, sentir pontinhas de prazer
5. tomar cerveja gelada em uma noite gelada
6. chegar em casa, conversar na madrugada com alguem que fazia tempo que não se conversava
7. família que foi viajar
8. acordar em um sábado de silêncio
9. perceber que não ha demandas lá fora, virar de lado e dormir novamente
10. se dar conta de coisinhas desconfortáveis, chorar um pouco e dormir novamente
11. tomar um vinho e ligar pra uma amiga
12. pegar família na rodoviária feliz por retornar
13. ir pra casa de amigos e refletir sobre coisas sérias e bobas
14. ver um filme péssimo
15. tomar vinho e conversar mais um pouco
16. resolver mandar mensagem, atestando vulnerabilidade, na madrugada de sábado pra domingo
17. voltar pra casa e dormir gostoso no meio da madrugada
18. acordar indignada pensando que as pessoas fazem coisas desnecessárias e idiotas
19. sentir-se louca por alguns minutos
20. dormir novamente e acordar com música e feliz
21. constatar que domingos de chuva podem ser perfeitos
22. saber que fez o que tinha que ser feito...
2. ter fome, circular de bar em bar sem ter onde sentar
3. achar o bar e descobrir que não servem lanches, sentir pontinhas de ódio
4. optar sentar em uma mini mesa no quebra-gelo com 50 mil amigos e pedir lanches, sentir pontinhas de prazer
5. tomar cerveja gelada em uma noite gelada
6. chegar em casa, conversar na madrugada com alguem que fazia tempo que não se conversava
7. família que foi viajar
8. acordar em um sábado de silêncio
9. perceber que não ha demandas lá fora, virar de lado e dormir novamente
10. se dar conta de coisinhas desconfortáveis, chorar um pouco e dormir novamente
11. tomar um vinho e ligar pra uma amiga
12. pegar família na rodoviária feliz por retornar
13. ir pra casa de amigos e refletir sobre coisas sérias e bobas
14. ver um filme péssimo
15. tomar vinho e conversar mais um pouco
16. resolver mandar mensagem, atestando vulnerabilidade, na madrugada de sábado pra domingo
17. voltar pra casa e dormir gostoso no meio da madrugada
18. acordar indignada pensando que as pessoas fazem coisas desnecessárias e idiotas
19. sentir-se louca por alguns minutos
20. dormir novamente e acordar com música e feliz
21. constatar que domingos de chuva podem ser perfeitos
22. saber que fez o que tinha que ser feito...
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