Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.

Mario Quintana

terça-feira, 31 de maio de 2011

prece

Fastidioso se faz o silêncio
Correndo junto ao dia mudo e macio
Gastando seu viço entre o quieto e o vazio
Quero algo pra contar, pra chorar e pra viver
Dá-me idéias pra cantar, pra plantar e pra colher
Um feitiço que me altere, me cutuque e que me solte
Quero vida pra sentir sem ligar pro que isso importe

Nany Gregório

terça-feira, 24 de maio de 2011

sementes do afeto

A gente passou por poucas e boas.
Descobriu o mundo além do campus, driblou fantasmas, experimentou sabores.
Sofreu a dor da outra por uma perda ou outra. E comemorou as conquistas mais bobinhas e gigantescas (dentro desse nosso universo amplo).
A gente matou aula achando o máximo, tomou cerveja todos os dias sem achar que éramos alcóolatras e tínhamos certeza das pessoas melhores que éramos cada hora que passava.
A gente deu bronca uma na outra e despejou na outra coisas que nem sabíamos se fazia sentido e nunca saberemos
A gente se afastou (hoje sei que um tanto sofrida, mas sabiamente) e nos reaproximamos tentado estar renovadas (e acredito sim que hoje essa amizade é a amizade que a gente queria desde o aniversário dos 26, há 10 anos atrás).
Eu te vi crescer eufórica e borocoxô, que ia mudar e permanecer, que não ia mais e ia novamente.
E foi assim que eu te vi contar que a vida em ti nascia dnovo. E que tudo podia se renovar e que agora sim você viveria a prece do amor livre!
Que fiquem de lado os copos, o salto alto e o armário arrumado por um tempo. Que venham a casa nova, as pequenas crises, e o sorriso escancarado no rosto na espera do(a) pequeno(a) prestes a trazer a boa nova de que tudo na vida pode sim ser ainda melhor e mais incrível!

Viva a Lu! Viva esse bebe querido que vem ai! Viva os sapatos e sandálinhas rasteiras!

Nos encontramos!

Da amiga, e da tia já "a mais coruja"
Bi

sábado, 7 de maio de 2011

Pressentimento

Cheia de trabalho, cheia de coisa pra fazer... criando tempo e espaço pra ver se as coisas podem dar certo. Achando que é pequena diante de todas as responsabilidades que lhe foram passadas; Desconfiando de que possa estar agindo errado e de que a qualquer momento tudo pode desmoronar. Com dificuldade de saber se quer estar longe ou perto das pessoas. Com o pequeno tormento de resolver se ouve música, dança, canta ou escreve e estuda.
A ponto de duvidar que as coisas possam ser boas e se resolvam da melhor forma possível. Ainda assim, ainda com tudo parecendo meio frágil e incerto. Ainda com o frio na barriga, e a sensação de que os pés não estão seguros no chão, não sabe porque mas sente uma brisinha de bons ventos. É só um bom pressentimento, algo que faz com que ela tenha um riso no fundo do rosto ao mesmo tempo que sente uma pontinha de emoção...
Será possível?