Eu me lembro dos cigarros acesos para mim
Do azedo dos tapas
Da sujeira dos becos
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
do orvalho que escorre
Lembro-me bem das noites em claro
da angústia de nunca saber
o seu nome de cor
Mas gosto mesmo é das frutas frescas
colhidas do pé para a boca que morde
Não me sai da cabeça
o amargo do não, o eterno
talvez, a loucura do se
a franqueza do sim
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas,
da doçura do sumo
Eu sei e não saio dos gritos
que ecoam
dos velhos tempos que voam
Mas eu gosto mesmo é das frutas frescas
que caem maduras
na lama do chão.
(BIA N)
Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
Mario Quintana
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
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